TRÂNSITO - ENTRAVE ENTRE O CIDADÃO VERSUS O CIDADÃO
“SERÁ QUE O POVO TEM A SOLUÇÃO”?
Assim que tomamos conhecimento, das primeiras medidas mais concretas sobre as modificações, que iriam acontecer no trânsito, principalmente na circulação entre a zona sul e o centro da cidade, nos preparamos para acompanhar de perto, afim de que, no final de três dias de teste, emitirmos as nossas observações sem críticas destrutivas, e sim, construtivas, pois foi assim, que sempre nos posicionamos. Para com os pés no chão, não sermos criticados como pseudos engenheiros de trânsito.
Este problema infernal do trânsito começa lá atrás em quase todas as capitais e cidades do porte de Ilhéus no Brasil, e aqui com mais um agravante por só termos uma ponte nesta interligação zona sul/centro.
Quando referimos este assunto em nível de Brasil, porque entendemos que com a política do governo federal para solucionar determinados entraves da crise mundial, encontrou dentre outros, o víeis na liberação da venda de automóveis com taxas de financiamento, praticamente zero e ou com isenção do IPI.
Com o sistema atual político do Brasil, onde os municípios são obrigados a “pedir esmolas”, ao governo federal, criou-se uma situação e das grandes, para que os municípios sejam mais frágeis, não tendo automina financeira para resolver de imediato seus problemas.
E deu o que se esperava, para quem tem visão do futuro. O governo naquele momento da crise mundial pensou de forma correta no imediatismo, mas esqueceu de planejar logo em seguida, medidas para adotar os municípios de recursos, para enfrentarem as consequências advinda de tais medidas. E com isso, as cidades brasileiras passaram a serem as vítimas e não tiveram verbas para acelerar a infraestrutura esperada neste caso específico do congestionamento.
Tornou-se corriqueiro, nos noticiários as evidências do caos na mobilidade urbana, que ainda vai perdurar por um bom tempo. Onde qualquer acontecimento que fuja da rotina, o tráfego será totalmente paralisado.
No caso da nossa cidade, a SUTRAN, desde o dia 04 de março, próximo passado, colocou em prática uma experiência, para tentar diminuir os transtornos, e ao longo do tempo, fazer as intervenções para adequar as diferenças entre a teoria e a prática, pelos menos foi que nós lemos em diversos Meios de Comunicação.
Naquela segunda-feira, percebemos que o trânsito fluiu bem, ou seja, mesmo acontecendo uma “fila indiana”, não havia praticamente interrupção no deslocamento. Aproveitamos as horas mais críticas pela manhã, das 07:00 às 09:30 horas, e fizemos o percurso Pontal Praia Hotel, até o centro da cidade, por duas vezes e levamos apenas 10 minutos, quando fazíamos antes este mesmo trajeto em 40 minutos.
Na terça-feira, dia 05, realmente o trânsito não fluiu, como também se transformou numa “bagunça” generalizada. Mas como nós estávamos ali de novo, percebemos que muitos motoristas, comentavam que suas insatisfações se davam, em razão da prefeitura dar preferência aos coletivos, vans e táxis Pois, nos raciocínios deles, teria que ser o contrário, pois eles são quem pagam mais impostos sobre os veículos. Outros preferiram a “lei do Gerson”, ou seja, querer levar vantagem em tudo, e começaram uma invasão que parecia organizada, em todas as saídas proibidas para a Avenida Lomanto Júnior, que vão desde a Rua Eustáquio Bastos a última rua próximo ao Posto Roma, causando um descontentamento geral.
Acho, que se enganam aqueles que assim pensam, pois pelo Código Nacional de Trânsito, a primeira preferência é dos pedestres. Os coletivos, por transportarem inúmeras pessoas, também deverão ter algumas prioridades, pois com isso evita-se um congestionamento maior.
Quarta-feira, dia 06, o trânsito voltou a fluir como na segunda-feira, dando a impressão que os motoristas e motociclistas mais apressadinhos, perceberam que os maiores prejudicados foram eles mesmos, deixando de lado as imprudências e as “roubadinhas”.
Infelizmente, muitas medidas só fazem o efeito desejado, depois que as multas começam a surgirem, e aí começa o falatório, sem razão, ou seja, para uma boa parte do cidadão brasileiro, só adianta, quando as medidas adotadas doem no bolso. Quem não se lembra dos “pardais”?! Hoje quase nem se comenta mais com tanta veemência, pois depois das multas, muitos perceberam que teriam mesmo que respeitar a Lei.
Pela nossa visão crítica construtiva, podemos afirmar que a decisão da SUTRAN, foi acertada, e é esperar uns 10 dias, para que tudo se normalize do jeito que é possível no momento. Não se muda o caos de uma noite para o dia, e o que devemos é cooperar, para nosso próprio bem. Claro, entendemos que outras medidas virão aos poucos para complementar esta iniciada nesta semana.
Quanto à ideia do túnel é louvável, mas não para agora, este túnel cortará um morro tem uma estrutura física rochosa (pedreiras), que necessita de um bom tempo de serviço e de elevado custo. São ideias e ou soluções aplausíveis, ainda mais se tratando de um amigo do gabarito do Alan, que tem vasto conhecimento nesta área, e sempre vem fazendo suas intervenções sobre este assunto.
A volta das lanchas, isto é um tema de muitos anos, e seria para nós, um alívio sem precedentes neste momento. Isto a maioria população tem conhecimento, e inclusive já existe uma Lei para esta concessão, feito pela Câmara Municipal e assinada pelo então prefeito João Lyrio. O problema é que ainda não despertou em nossos empresários a viabilidade econômica do projeto. Pensam eles, pois já conversei com alguns deles, que uma vez construída a nova ponte, este transporte seria só para o turismo, inviabilizando seus lucros de imediato. Infelizmente a maioria dos nossos empresários não pensa a logo prazo.
A sugestão do trevo existente até hoje na cabeceira da ponte (foto anexada nesta matéria) é de nossa autoria, que foi para resolver um problema sério a curtíssimo prazo, na gestão do ex-secretário Carlinhos Freitas, e que está funcionando até hoje. Estou apenas citando isto, para justificar de pronto, minhas observações in loco, com esta nova decisão tomada pela SUTRAN no trânsito desta semana.
Gostaríamos apenas de ressaltar que uma minoria talvez de cidadãos brasileiros, por assistirem a tantos fatos lastimáveis de nossos políticos, que são noticiados em todos os Meios de Comunicação, sinta-se revoltados com tudo e com todos, e querendo com isso, fazerem justiça e leis ao seu bel prazer. E aí falo o quê?
Ou o governo (Brasil) toma uma postura de dar exemplos positivos, ou este país não vai demorar muito para um caos social.
José Rezende Mendonça