quinta-feira, 7 de março de 2013


TRÂNSITO - ENTRAVE ENTRE O CIDADÃO VERSUS O CIDADÃO

“SERÁ QUE O POVO TEM A SOLUÇÃO”?
TRÂNSITO_REZENDE.
TRÂNSITO_REZENDE.
Assim que tomamos conhecimento, das primeiras medidas mais concretas sobre as modificações, que iriam acontecer no trânsito, principalmente na circulação entre a zona sul e o centro da cidade, nos preparamos para acompanhar de perto, afim de que, no final de três dias de teste, emitirmos as nossas observações sem críticas destrutivas, e sim, construtivas, pois foi assim, que sempre nos posicionamos. Para com os pés no chão, não sermos criticados como pseudos engenheiros de trânsito.

Este problema infernal do trânsito começa lá atrás em quase todas as capitais e cidades do porte de Ilhéus no Brasil, e aqui com mais um agravante por só termos uma ponte nesta interligação zona sul/centro.

Quando referimos este assunto em nível de Brasil, porque entendemos que com a política do governo federal para solucionar determinados entraves da crise mundial, encontrou dentre outros, o víeis na liberação da venda de automóveis com taxas de financiamento, praticamente zero e ou com isenção do IPI.

Com o sistema atual político do Brasil, onde os municípios são obrigados a “pedir esmolas”, ao governo federal, criou-se uma situação e das grandes, para que os municípios sejam mais frágeis, não tendo automina financeira para resolver de imediato seus problemas.

E deu o que se esperava, para quem tem visão do futuro. O governo naquele momento da crise mundial pensou de forma correta no imediatismo, mas esqueceu de planejar logo em seguida, medidas para adotar os municípios de recursos, para enfrentarem as consequências advinda de tais medidas. E com isso, as cidades brasileiras passaram a serem as vítimas e não tiveram verbas para acelerar a infraestrutura esperada neste caso específico do congestionamento.

Tornou-se corriqueiro, nos noticiários as evidências do caos na mobilidade urbana, que ainda vai perdurar por um bom tempo. Onde qualquer acontecimento que fuja da rotina, o tráfego será totalmente paralisado.

No caso da nossa cidade, a SUTRAN, desde o dia 04 de março, próximo passado, colocou em prática uma experiência, para tentar diminuir os transtornos, e ao longo do tempo, fazer as intervenções para adequar as diferenças entre a teoria e a prática, pelos menos foi que nós lemos em diversos Meios de Comunicação.

Naquela segunda-feira, percebemos que o trânsito fluiu bem, ou seja, mesmo acontecendo uma “fila indiana”, não havia praticamente interrupção no deslocamento. Aproveitamos as horas mais críticas pela manhã, das 07:00 às 09:30 horas, e fizemos o percurso Pontal Praia Hotel, até o centro da cidade, por duas vezes e levamos apenas 10 minutos, quando fazíamos antes este mesmo trajeto em 40 minutos.

Na terça-feira, dia 05, realmente o trânsito não fluiu, como também se transformou numa “bagunça” generalizada. Mas como nós estávamos ali de novo, percebemos que muitos motoristas, comentavam que suas insatisfações se davam, em razão da prefeitura dar preferência aos coletivos, vans e táxis  Pois, nos raciocínios deles, teria que ser o contrário, pois eles são quem pagam mais impostos sobre os veículos. Outros preferiram a “lei do Gerson”, ou seja, querer levar vantagem em tudo, e começaram uma invasão que parecia organizada, em todas as saídas proibidas para a Avenida Lomanto Júnior, que vão desde a Rua Eustáquio Bastos a última rua próximo ao Posto Roma, causando um descontentamento geral.

Acho, que se enganam aqueles que assim pensam, pois pelo Código Nacional de Trânsito, a primeira preferência é dos pedestres. Os coletivos, por transportarem inúmeras pessoas, também deverão ter algumas prioridades, pois com isso evita-se um congestionamento maior.

Quarta-feira, dia 06, o trânsito voltou a fluir como na segunda-feira, dando a impressão que os motoristas e motociclistas mais apressadinhos, perceberam que os maiores prejudicados foram eles mesmos, deixando de lado as imprudências e as “roubadinhas”.

Infelizmente, muitas medidas só fazem o efeito desejado, depois que as multas começam a surgirem, e aí começa o falatório, sem razão, ou seja, para uma boa parte do cidadão brasileiro, só adianta, quando as medidas adotadas doem no bolso. Quem não se lembra dos “pardais”?! Hoje quase nem se comenta mais com tanta veemência, pois depois das multas, muitos perceberam que teriam mesmo que respeitar a Lei.

Pela nossa visão crítica construtiva, podemos afirmar que a decisão da SUTRAN, foi acertada, e é esperar uns 10 dias, para que tudo se normalize do jeito que é possível no momento. Não se muda o caos de uma noite para o dia, e o que devemos é cooperar, para nosso próprio bem. Claro, entendemos que outras medidas virão aos poucos para complementar esta iniciada nesta semana.

Quanto à ideia do túnel é louvável, mas não para agora, este túnel cortará um morro tem uma estrutura física rochosa (pedreiras), que necessita de um bom tempo de serviço e de elevado custo. São ideias e ou soluções aplausíveis, ainda mais se tratando de um amigo do gabarito do Alan, que tem vasto conhecimento nesta área, e sempre vem fazendo suas intervenções sobre este assunto.

A volta das lanchas, isto é um tema de muitos anos, e seria para nós, um alívio sem precedentes neste momento. Isto a maioria população tem conhecimento, e inclusive já existe uma Lei para esta concessão, feito pela Câmara Municipal e assinada pelo então prefeito João Lyrio. O problema é que ainda não despertou em nossos empresários a viabilidade econômica do projeto. Pensam eles, pois já conversei com alguns deles, que uma vez construída a nova ponte, este transporte seria só para o turismo, inviabilizando seus lucros de imediato. Infelizmente a maioria dos nossos empresários não pensa a logo prazo.

A sugestão do trevo existente até hoje na cabeceira da ponte (foto anexada nesta matéria) é de nossa autoria, que foi para resolver um problema sério a curtíssimo prazo, na gestão do ex-secretário Carlinhos Freitas, e que está funcionando até hoje. Estou apenas citando isto, para justificar de pronto, minhas observações in loco, com esta nova decisão tomada pela SUTRAN no trânsito desta semana.

Gostaríamos apenas de ressaltar que uma minoria talvez de cidadãos brasileiros, por assistirem a tantos fatos lastimáveis de nossos políticos, que são noticiados em todos os Meios de Comunicação, sinta-se revoltados com tudo e com todos, e querendo com isso, fazerem justiça e leis ao seu bel prazer. E aí falo o quê?
Ou o governo (Brasil) toma uma postura de dar exemplos positivos, ou este país não vai demorar muito para um caos social.

José Rezende Mendonça

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

ILHÉUS SOBRE TRILHOS


“ROTA DO DESENVOLVIMENTO ONDE SE MISTURAM INTERESSES E AMBIÇÕES”

Ilhéus_Trilhos_Rezende
Ilhéus_Trilhos_Rezende
As informações chegam até nós, numa velocidade e sem que precisemos vasculhar por elas.

Numa dessas andanças, pela cidade e mais precisamente na calçada do antigo Hospital e Maternidade Santa Isabel, quatro cidadãos, de biótipos atípicos aos da nossa região, gesticulavam e debruçados na porta malas do veículo, abriram uma “Planta Baixa”, que me chamou atenção.

Com sutileza, cheguei me identifiquei, e logo obtive a resposta, que todo ilheense gostaria de ouvir. Confirmaram-me a restauração do prédio com a mesma finalidade, ou seja, teremos de volta a nossa unidade de saúde, fechada há muito tempo.

Mais adiante, na Praça Cairú, outro cidadão, sem se preocupar com os demais transeuntes, falava ao celular, e o teor foi mais ou menos este: … “Pode vir, temos muitas áreas, que ainda podemos comprar por preços baixos”… “Zona norte, todo o trecho por onde passará a ferrovia, até o mar”… “Sim, trecho da zona rural do Rio do Braço, Castelo Novo”… “Sim na rota intermodal”… “Não, sobre minério no local não sei informar”…

Uns dois dias depois, conversando com um amigo corretor de imóveis, sobre o assunto, ele foi mais além e disse-me: São investidores chineses, portugueses e italianos na sua maioria, mas tem também empresários do sul e sudeste do Brasil, que sobrevoam a toda hora estas regiões, e quase sempre acompanhados de pessoas da região.
Disse-me também, que nas mediações de Serra Grande, Ponta da Tulha, Aritaguá, estão oferecendo em média, R$ 60.000,00, onde só tem mato, mas mesmo assim, valeriam muito mais. Os que já sabem da expansão que Ilhéus terá com a chegada da ferrovia, porto e aeroporto, ZPE, duplicação da BR-415, e a nova ponte, mesmo com todo atraso para sua entrega definitiva, não estão se desfazendo de seus bens, mas a maioria já está vendendo por acharem bom negócio.

Ainda bem, que pensamentos por uma Ilhéus na rota do desenvolvimento, tanto por pessoas públicas e ou particulares merecem aplausos. É notório e democrático, que haverá sempre os radicais, que só veem o lado negativo, por convicções ou interesses.

O Progresso é assim mesmo, a população cresce e com ela uma cadeia de diversas necessidades, e se ficarmos parado só esperando, que não podemos tocar na floresta, restinga, capoeiras, etc., ficarão impossíveis dar conta de tudo.

A natureza precisa de nosso cuidado e atenção, mas não podemos muitas vezes fazer tempestade em copo d’água. Pode-se muito bem conciliar as duas coisas, senão vamos ficar sentados à beira do caminho esperando que tudo cai do céu, ou vivendo de pegar borboletas e vendendo, nossa fauna e flora, justamente para aqueles que tanto condenam isto.

Alguns participantes de determinadas ONG(s) pelo o país afora, não tão nem aí se o atraso se instalar aqui. Recebem bons salários e outras mordomias e fecha os olhos, para outras coisas mais importantes e carentes deste Brasil. Os países desenvolvidos agradecem, pois nos querem sempre como colônia deles. O lema destes países é: “Podemos tudo os em desenvolvimentos não”. O progresso é coisa para poucos, portanto, aplausos para aqueles que não se deixam abater e empurra Ilhéus sobre os trilhos.

Ilhéus já está no caminho sem volta para o desenvolvimento e isto é bom. Não foi a toa, que para aqui vieram: O Atacadão, Makro, GBarbosa, Lojas Americanas, Casas Bahia, Ricardo Eletro, Lojas Maia/Magazine Luiza, etc., e outras que já pediram suas licenças para tal. Por último foi inaugurado esta semana a D & D Home Center, e quem for por lá, vai ver quanto nosso comércio está atrasado, em todos os sentidos. Verá o conceito de atendimento, espaço, organização e uma diversificação de quase tudo no ramo de material de construção num só lugar.

Nossos comerciantes mais cautelosos ou que ainda não caíram na real, vão amargar o sabor de serem engolidos ou envolvidos por empresários de outras regiões do país, que transformarão Ilhéus e a região de vez, quem viver verá.
Estão aí a todo vapor as construtoras como CICON e outras, expandindo prédios por toda Ilhéus e Itabuna, além de conjuntos populares “Minha Casa, Minha Vida”, fora os Condomínios fechados de primeira linha para a população das classes médias (baixa e alta).

Será que estes empresários não têm visão? Ou somos nós que não queremos enxergar a realidade?
Os dirigentes da D&D escolheu na Bahia a região sul e saiu na frente em Ilhéus e Itabuna. Será que empresários destas redes não fazem pesquisas? Não sabem o que se discute em Brasília? Claro que sabem.

Tudo isso, nos leva a crer solidamente no sucesso destes empreendimentos, gerando emprego, economia, onde o dinheiro circulará, levando Ilhéus e os municípios circunvizinhos a uma recuperação, depois do desastre da vassoura de bruxa.

Claro, que os municípios e principalmente Ilhéus e Itabuna, têm que fazerem sua parte, melhorando a mobilidade urbana e rural, integrando a construção da ferrovia Leste /Oeste, num sistema de circulação com boas vias de acesso, para que a demanda tenha celeridade em todos os sentidos. É hora para nossos administradores despontarem, como bons gestores, correndo atrás de parcerias públicas e privadas, onde envolvam o Estado e a União, pois o desenvolvimento não será só desta região e sim da Bahia e do Brasil.

É hora de não pensarmos em sonhos pessoais, ou só numa determinada coisa, local, e razão, é hora sim, de pensarmos num todo, sem vaidades e interesses pessoais ou financeiros, senão Ilhéus mais uma vez poderá ver o “bonde passar”. Mas não quero acreditar nisso, pois o rolo compressor vindo de outras cabeças que estão se instalando aqui, deverá passar por cima dos atrasados no tempo ou aqueles que estão sentados à beira do caminho, com seus notebooks e outros aparatos modernos, debaixo da sombra de uma boa árvore, esperando uma chuva fina, para completar sua paz.

Por fim, quero registrar minha confiança na administração atual de Ilhéus, até o último momento, pois Ilhéus é nossa, e não de uma só pessoa. E que sociedade civil organizada se junte com sua capacidade, e faça Ilhéus sair beneficiada para este futuro sobre trilhos, rodas, mar, ar e terra.

José Rezende Mendonça